CAMINHOS: EM BUSCA DE NOSSAS RAÍZES

Através de um enredo que se inicia com a jornada de um grupo de retirantes nordestinos em busca de novas oportunidades de vida e sobrevivência, ancorado em seus saberes culturais, o tema destaca a importância da união e da fé nos processos de transformação. O ponto de convergência dessa trajetória é uma feira cultural, espaço que reúne a riqueza dos diversos aspectos nordestinos e que simboliza a resistência e a valorização das raízes culturais.

O enredo aborda a história de Dolores, uma das retirantes que migra para a capital junto ao grupo. Na feira, ela encontra o amor, e, junto ao companheiro, constrói uma liderança que inspira e motiva os feirantes nordestinos a perseverarem na busca pelos seus sonhos. Dolores e seu parceiro tornam-se um símbolo de representatividade e força para aqueles que compartilham dessa realidade.

O contexto da feira evidencia a diversidade e a riqueza das práticas culturais nordestinas, desde a culinária típica até as manifestações artísticas, como a literatura de cordel e o repente. A narrativa também ressalta a relevância de tradições culturais profundamente enraizadas, como as festas juninas, o forró e a quadrilha, que reafirmam a identidade cultural dos nordestinos em um cenário de transformação e adaptação.

Ao longo dessa trajetória, o grupo de retirantes e feirantes percebe-se como protagonista na construção coletiva do espaço cultural. Esse espaço, além de ser uma forma de sustento e uma oportunidade de mudança de vida, transforma-se em uma ponte afetiva e poética que conecta cada família nordestina às suas origens e à sua terra natal. A feira, então, torna-se um símbolo de pertencimento e resiliência, ressaltando a importância do apoio comunitário para que permaneça fortalecida e viva.